segunda-feira, 26 de março de 2012

Vinhos - Aprenda a degustá-los!

 Queridos leitores, 

 Com várias perguntas e dúvidas, vou dedicar post's especiais aos amantes (assim como eu) do vinho! Tive a honra de ter a matéria - Apreciação de bebidas - com o professor, enólogo, muy expert e querido - Prof. Gustavo Precedo - no curso que fiz em Buenos Aires/Argentina. O professor era daqueles exigentes, e adorava dar umas tiradas irônicas em classe, haha... mas era entendido do assunto, e confesso que aprendi muito, na teoria! Porque na prática já sabia, haha, brincadeiras à parte! ;) A turma do fundão queria saber de chegar logo os "finalmente" da aula, para degustar e sair animado, já que era a última aula de sexta-feira. Aiaia! E quando chegou o final do curso, o exame final... ui! Sentiram o aperto quando tiveram que colocar em prática o que aprenderam na teoria. 

 O post de hoje é um pouco longo, mas vale a pena a leitura!




 Quanto mais vinhos provarem, mais irão desenvolver seus paladares! Porém, a maneira de degustá-los faz a diferença. Todo aquele cerimonial que os enólogos fazem, na verdade, não tem nenhum mistério. Basta, somente, agitar a taça com movimentos circulares, cheirar, degustar e cuspir. Isso mesmo, cuspir! A questão é saber porquê agita-se a taça, o que significam os termos como "tanino" ou "acidez".

 O primeiro passo é encher mais ou menos 1/3 da taça. Observe-a com atenção. Incline-a um pouco diante de um fundo branco (toalha de mesa, um guardanapo, um papel, por exemplo) ou mantenha-la de modo que receba a luz do dia para ver a gama de cores desde o centro até a borda do disco. Os vinhos tintos procedentes dos climas mais quentes e as variedades de uva tinta de áreas ensolaradas apresentam cores mais intensas. 

    

 Agite a taça com suaves movimentos circulares. Assim de desprenderão todos os aromas do vinho. Introduza o nariz na taça e aspire lentamente. As primeiras impressões são as mais vivas. Depois de duas ou três aspirações, o sentido olfativo fica neutralizado. Um enólogo experiente pode extrair uma infinidade de conclusões cheirando apenas um vinho: a variedade da uva com que foi elaborado, e inclusive a procedência do vinho. Um principiante logo começará a reconhecer aromas frutais, características fundamentais de uma determinada variedade de uva. 

  Ao aspirar, pense nos aromas que você sentir em termos de cheiros que te resultam familiares. Você necessitará fazê-lo várias vezes, antes de fazer com soltura, mas uma vez que  consigas, perceberás com clareza o cheiro a chocolate quente, à erva recém cortada, a pêssego. etc. Não importa se você é o único a descobrir estes aromas particulares, cada pessoa tem suas próprias referências olfativas, e todas elas são válidas.



  Agora chegou a hora de saboreá-lo! Dê um grande gole e deixe "correr" o vinho em toda a tua boca. 



  O motivo pelo qual os experts produzem com a língua uma espécie de estalos, quando têm o vinho em boca, é tentar fazer com que a bebida molhe cada parte da língua: o doce sente-se na ponta, os sabores salgados um pouco mais atrás, a acidez nas laterais e o sabor amargo na parte de trás. 



   Observe a acidez, a doçura ou a aspereza. Vai te ajudar a abrir a boca e aspirar um pouco quando arejar o vinho, você arrancará e individualizará aromas e sabores. Faça como se estivesse mastigando. Rabisque tuas primeiras impressões. No princípio, alguns sabores serão mais óbvios que outros, mas não se preocupe muito em querer encontrar um jardim de sabores frutais. 

  Pense na consistência do vinho na boca. É leve, médio ou encorpado? Está equilibrado? Quais são seus níveis de acidez, álcool, secura/doçura, o sabor frutal e o tanino? Depois ingira ou cuspa, se tiver que degustar mais vinhos. Observe os sabores longos, isto é, a persistência gustativa. Dê um gole e faça com que o vinho recorra toda a boca para que chegue a todas as partes da língua. Não importa se fizer barulhos estranhos, são peculiaridades da degustação.


  Características que deve observar quando degustar um vinho:

* Acidez: dá ao vinho um sabor vivo e fresco. Se é excessiva, o sabor será desagradavelmente ácido e amargo. Se é insuficiente, o vinho terá um sabor plano. 

* Álcool: obviamente, encontra-se em todos os vinhos, mas, quanto mais alto é o seu nível, mais quente percebe-se um vinho em boca. Se está desequilibrado em relação às notas frutais, ao tanino, etc... resultará picante, como uma gota de tabasco.

* Secura/doçura: estas características são afetadas pela quantidade natural de açúcar do vinho. A doçura tem que estar equilibrada pela acidez, ou do contrário, o vinho será enjoativo. Mas não há de se confundir secura com acidez: na realidade, um vinho muito seco como um fino de Jerez pode apresentar uma acidez muito baixa. 

* Notas frutais: deixe voar livremente a tua imaginação e prepare-se: o vinho não cheira nem tem gosto de uva. Seu aroma e sabor podem assemelhar-se a uma série de frutas. ao chocolate, ao tabaco, às nozes, ao café, ou inclusive, à uma massa de pão fermentada. 

* Tanino: o tanino é o responsável da sensação de secura e aspereza (adstringência) que fica na boca depois de ingerir um gole de vinho tinto muito jovem. Isso provém do pedúnculo, das sementes e das cascas das uvas. O tanino ajuda a dar corpo ao vinho e seu sabor suaviza com a idade. 

 Vinhos são deliciosos, 
porém, aprecie com moderação! 


Fonte: reprodução e anotações de aulas.




  

2 comentários:

Gigi disse...

Adorooo seus posts, mas este, em especial, será super útil pra mim!
:) Tenho uma paixão enorme por vinhos!
Beijos e parabéns pelo blog

Chef Anahy Padua disse...

Obrigada Gigi! Estou começando a fazer os posts de vinhos, pois além de amar a bebida, gostaria de alguma forma passar o que aprendi e de alguma forma instruir os amigos e leitores! Que bom que gostou! ;)

Bjus querida

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Obrigada por visitar o blog! Volte sempre!
Beijos temperados!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vinhos - Aprenda a degustá-los!

 Queridos leitores, 

 Com várias perguntas e dúvidas, vou dedicar post's especiais aos amantes (assim como eu) do vinho! Tive a honra de ter a matéria - Apreciação de bebidas - com o professor, enólogo, muy expert e querido - Prof. Gustavo Precedo - no curso que fiz em Buenos Aires/Argentina. O professor era daqueles exigentes, e adorava dar umas tiradas irônicas em classe, haha... mas era entendido do assunto, e confesso que aprendi muito, na teoria! Porque na prática já sabia, haha, brincadeiras à parte! ;) A turma do fundão queria saber de chegar logo os "finalmente" da aula, para degustar e sair animado, já que era a última aula de sexta-feira. Aiaia! E quando chegou o final do curso, o exame final... ui! Sentiram o aperto quando tiveram que colocar em prática o que aprenderam na teoria. 

 O post de hoje é um pouco longo, mas vale a pena a leitura!




 Quanto mais vinhos provarem, mais irão desenvolver seus paladares! Porém, a maneira de degustá-los faz a diferença. Todo aquele cerimonial que os enólogos fazem, na verdade, não tem nenhum mistério. Basta, somente, agitar a taça com movimentos circulares, cheirar, degustar e cuspir. Isso mesmo, cuspir! A questão é saber porquê agita-se a taça, o que significam os termos como "tanino" ou "acidez".

 O primeiro passo é encher mais ou menos 1/3 da taça. Observe-a com atenção. Incline-a um pouco diante de um fundo branco (toalha de mesa, um guardanapo, um papel, por exemplo) ou mantenha-la de modo que receba a luz do dia para ver a gama de cores desde o centro até a borda do disco. Os vinhos tintos procedentes dos climas mais quentes e as variedades de uva tinta de áreas ensolaradas apresentam cores mais intensas. 

    

 Agite a taça com suaves movimentos circulares. Assim de desprenderão todos os aromas do vinho. Introduza o nariz na taça e aspire lentamente. As primeiras impressões são as mais vivas. Depois de duas ou três aspirações, o sentido olfativo fica neutralizado. Um enólogo experiente pode extrair uma infinidade de conclusões cheirando apenas um vinho: a variedade da uva com que foi elaborado, e inclusive a procedência do vinho. Um principiante logo começará a reconhecer aromas frutais, características fundamentais de uma determinada variedade de uva. 

  Ao aspirar, pense nos aromas que você sentir em termos de cheiros que te resultam familiares. Você necessitará fazê-lo várias vezes, antes de fazer com soltura, mas uma vez que  consigas, perceberás com clareza o cheiro a chocolate quente, à erva recém cortada, a pêssego. etc. Não importa se você é o único a descobrir estes aromas particulares, cada pessoa tem suas próprias referências olfativas, e todas elas são válidas.



  Agora chegou a hora de saboreá-lo! Dê um grande gole e deixe "correr" o vinho em toda a tua boca. 



  O motivo pelo qual os experts produzem com a língua uma espécie de estalos, quando têm o vinho em boca, é tentar fazer com que a bebida molhe cada parte da língua: o doce sente-se na ponta, os sabores salgados um pouco mais atrás, a acidez nas laterais e o sabor amargo na parte de trás. 



   Observe a acidez, a doçura ou a aspereza. Vai te ajudar a abrir a boca e aspirar um pouco quando arejar o vinho, você arrancará e individualizará aromas e sabores. Faça como se estivesse mastigando. Rabisque tuas primeiras impressões. No princípio, alguns sabores serão mais óbvios que outros, mas não se preocupe muito em querer encontrar um jardim de sabores frutais. 

  Pense na consistência do vinho na boca. É leve, médio ou encorpado? Está equilibrado? Quais são seus níveis de acidez, álcool, secura/doçura, o sabor frutal e o tanino? Depois ingira ou cuspa, se tiver que degustar mais vinhos. Observe os sabores longos, isto é, a persistência gustativa. Dê um gole e faça com que o vinho recorra toda a boca para que chegue a todas as partes da língua. Não importa se fizer barulhos estranhos, são peculiaridades da degustação.


  Características que deve observar quando degustar um vinho:

* Acidez: dá ao vinho um sabor vivo e fresco. Se é excessiva, o sabor será desagradavelmente ácido e amargo. Se é insuficiente, o vinho terá um sabor plano. 

* Álcool: obviamente, encontra-se em todos os vinhos, mas, quanto mais alto é o seu nível, mais quente percebe-se um vinho em boca. Se está desequilibrado em relação às notas frutais, ao tanino, etc... resultará picante, como uma gota de tabasco.

* Secura/doçura: estas características são afetadas pela quantidade natural de açúcar do vinho. A doçura tem que estar equilibrada pela acidez, ou do contrário, o vinho será enjoativo. Mas não há de se confundir secura com acidez: na realidade, um vinho muito seco como um fino de Jerez pode apresentar uma acidez muito baixa. 

* Notas frutais: deixe voar livremente a tua imaginação e prepare-se: o vinho não cheira nem tem gosto de uva. Seu aroma e sabor podem assemelhar-se a uma série de frutas. ao chocolate, ao tabaco, às nozes, ao café, ou inclusive, à uma massa de pão fermentada. 

* Tanino: o tanino é o responsável da sensação de secura e aspereza (adstringência) que fica na boca depois de ingerir um gole de vinho tinto muito jovem. Isso provém do pedúnculo, das sementes e das cascas das uvas. O tanino ajuda a dar corpo ao vinho e seu sabor suaviza com a idade. 

 Vinhos são deliciosos, 
porém, aprecie com moderação! 


Fonte: reprodução e anotações de aulas.




  

2 comentários:

  1. Adorooo seus posts, mas este, em especial, será super útil pra mim!
    :) Tenho uma paixão enorme por vinhos!
    Beijos e parabéns pelo blog

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    1. Obrigada Gigi! Estou começando a fazer os posts de vinhos, pois além de amar a bebida, gostaria de alguma forma passar o que aprendi e de alguma forma instruir os amigos e leitores! Que bom que gostou! ;)

      Bjus querida

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